
Poder-se-á comer sem beber ou beber sem comer? É óbvio que sim; mas os paladares mais requintados sabem perfeitamente que nenhuma das duas coisas é a mesma sem outra. Sobretudo se estamos a falar de vinho, essa bebida tão antiga como nobre. Neste sentido, poucos casamentos têm tido tanto êxito como o da comida e do vinho.
Em 1825 já Brillat-Savarin, pioneiro da filosofia alimentar o retratava com ma pincelada definitiva: «O vinho, a mais agradável das bebidas».
Porém, cada garrafa encerra dentro de si um mundo. Os processos de preparação do néctar - tantos e tão diferentes de país para país - têm algo de alquimia e milagre. O vinho, além do mais, contribui para esse ritual da mesa que enobrece o acto de comer e beber convertendo-se por vezes quase numa arte.
Penetrar nesse mundo, nos seus saberes e sabores, é doutorar-se em gastronomia, depois de uma licenciatura na arte do fogão.